domingo, 31 de janeiro de 2010

A FILHA DO VENTO - The Blower's Daughter - Damien Rice



A música é linda, é do filme Closer - Perto Demais....
and so it is
just like you said it would be
life goes easy on me
most of the time
and so it is
the shorter story
no love no glory
no hero in her skies
i can't take my eyes off of you
and so it is
just like you said it should be
we'll both forget the breeze
most of the time
and so it is
the colder water
the blower's daughter
the pupil in denial
i can't take my eyes off of you
did I say that I loathe you?
did I say that I want to
leave it all behind?
i can't take my mind off of you
my mind
'til I find somebody new

Evidentemente que é o titulo e um dos filmes...que tem tudo a ver comigo!!!
E mais uma vez vou falar...tudo...absolutamente tudo o que eu conto aqui....é a mais pura verdade....acho até que economizo, porque eu sou muito...muito perdida mesmo...acho que falta um pouco de maldade em minha alma imoral!!!

Eu fiz uma releitura deste filmes ai nas minhas férias ...vou dizer porque esse filme se parece comigo, ou qualquer ser humano....

Olhando no olhar de algumas pessoas, você enxerga a alma, descobre como foi traida em seu mais profundo sentimento, porque quando você entrega segredos para uma pessoa, voce entrega um pedaço de você..e ai descobre que isso foi usado para beneficio próprio da pessoa, para justificar talvez o personagem de Nathalie....um personagem travestido em si mesmo...

Não existe traição maior...você olhar em uma pessoa e saber que ela te usou para beneficio próprio, que ela contou para outra pessoa coisas de sua alma que ninguem jamais poderia saber ou sequer utilizar para tentar entender....o que você fez é imperdoavél, e com certeza, a vida vai cobrar de alguma forma...talvez esteja começando a entender...talvez esse seja apenas o começo de um longo aprendizado.

Closer é assim....coisas da alma ...do ser humano...do não ser humano...ou do real sentido de entendimento do que é tentar ser humano....

"Perto Demais": o material é tratado com óbvia teatralidade, exigindo dos atores registros excessivos, insiste-se na força dos rostos com uso do "close-up" em momentos centrais.

Primeiro de tudo, "Perto Demais" está extraordinariamente bem escrito e planificado, baseando-se numa estrutura circular que parece criar toda a narrativa em "flash-back" que por sua vez incorpora outros "flash-backs".

Depois, o filme articula-se de forma subliminar com outros textos que o suportam: a fotografia como cristalização dos rostos e sentimentos.

A câmera acaba por concentrar-se, de forma implacável, nos rostos e nos corpos dilacerados pelo desejo e pela incompreensão das regras do jogo.

A linguagem é crua, a impossibilidade do amor e da fidelidade é exposta. Os dois homens tentam destruir-se e as duas mulheres submetem-se, de modos diferentes: Anne volta para o marido que abandonara por Dan, enquanto este se reconcilia com Alice que parece aceitá-lo de volta, para a perder sem qualquer razão, que não a desilusão amorosa universal.

O seu olhar na cena da separação contém lágrimas falsas, que confirmam toda a tristeza do mundo. O seu sorriso torna-se enigmático e mítico, sem chegar a iluminar a negrura. Jude Law possui a fragilidade que o papel exige, sempre à beira de esmorecer. Credível como personagem, parece, no entanto, estar sempre representando, como se sua noção do que é atuar o impossibilitasse de soar natural.

À Natalie Portman cabe a personagem menos complexa, stripper sem horizontes, americana exilada em Londres, sempre peixe fora d'água: quando se reveste da peruca loira, para assumir, pela primeira vez, o seu nome verdadeiro ganha finalmente carisma sexual, que até aí lhe fora negado, mas é uma personagem travesti de si própria, sem chama nem alma.

Das quatro figuras do quarteto, é a "outsider", a que não pode aspirar a um estatuto de maléficos contornos. Não sabe jogar o jogo; limita-se a ser manipulada.

Clive Owen ultrapassa os limites da personagem: primeiro vítima de embuste sexual, acaba por ganhar carnalidade absoluta, dominando as peças do jogo, que parecem escapar-lhe. É ele o "manipulador-mor", o "macho" traído e o vingador, triunfando sob a mais feminina de todas as figuras, a de Jude Law.

Lida com sexo, com traição, com egoísmo, com paixão, com confiança, com opções que a vida lhe dá e a escolha que cada um toma.

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